Plantas estimulantes -

A medicina popular tradicional utiliza diversas espécies de plantas estimulantes, promovendo a ativação do sistema nervoso central.

São conhecidas por diferentes nomes, como tônicas, revigorantes, entre outras.

As pessoas estão recorrendo cada vez mais às plantas estimulantes para:

aumentar sua produção,
melhorar desempenho sexual,
realizar tarefas e
melhorar capacidades cognitivas, como memória e atenção.

Além disso, as pessoas usam essas plantas para combater o:

cansaço,
envelhecimento,
estresse e
sobrepeso/obesidade.

Por séculos, as pessoas têm utilizado espécies como café (Coffea arabica), do cacau (Theobroma cacao) e de muitos tipos de chás estimulantes.

Essas espécies não só movimentam um mercado de milhões de dólares como, historicamente, contribuíram para a formação de muitas sociedades, o que torna fácil compreender sua acentuada importância sócio-econômica.

Bebidas energéticas contêm extratos dessas plantas ou compostos derivados, como é o caso da cafeína, composto bioativo primeiramente isolado do café (Coffea arabica), do guaraná (Paullinia cupana), do ginseng (Panax ginseng), do chá-verde (Camellia sinensis), da cola (Cola sp), da erva-mate (Ilex paraguariensis), entre outras espécies.

O CONCEITO DE ADAPTÓGENO

Entre o final da década de 40 e o início da década de 50, um pesquisador russo chamado Nikolai Lazarev cunhou o termo “adaptógeno” ao estudar algumas espécies vegetais estimulantes russas.

Ele definiu adaptógenos como plantas capazes de:

aumentar a resistência do organismo ao estresse,
melhorar a capacidade cognitiva,
reduzir déficits cognitivos relacionados ao envelhecimento e
aumentar a disposição.

O conceito de adaptógeno envolve três condições principais:

aumento da resistência de forma não-específica,
normalização de estados patológicos e
ausência de efeitos prejudiciais ao organismo.

A consideração de um adaptógeno para toda planta estimulante requer estudos intensivos sobre seus efeitos e a ausência de toxicidade.

CONSTITUIÇÃO QUÍMICA DAS PLANTAS ESTIMULANTES

Com relação à constituição química das plantas estimulantes, muitas delas, incluindo as mencionadas aqui, contêm compostos conhecidos como metilxantinas.

Embora exista alguma controvérsia sobre isso, frequentemente consideram esses compostos, que ocorrem em mais de 50 espécies vegetais, como alcaloides purínicos.

As metilxantinas mais conhecidas são a cafeína, a teobromina e a teofilina.

Farmacologicamente, elas têm uma ampla gama de ações biológicas em diferentes sistemas orgânicos.

A teofilina, por exemplo, é usada no tratamento de distúrbios respiratórios.

No sistema nervoso central, essas substâncias aumentam a disponibilidade de neurotransmissores catecolaminérgicos, como dopamina e noradrenalina, e atuam como antagonistas dos receptores de adenosina, acelerando o metabolismo neuronal, entre outros mecanismos de ação ainda não totalmente compreendidos.

ESPÉCIES VEGETAIS ESTIMULANTES E SUA IMPORTÂNCIA NO BRASIL

As espécies vegetais estimulantes apresentadas, como o café (Coffea arabica), a erva-mate (Ilex paraguariensis) e o guaraná (Paullinia cupana), foram selecionadas por dois motivos principais.

Primeiro, a população brasileira as utiliza amplamente devido às suas propriedades estimulantes em diversas regiões do país.

Segundo, essas plantas caracterizam o folclore, a cultura e a sociedade brasileira em vários aspectos, além de representarem um grande valor econômico.

Todas elas são conhecidas por seus usos e efeitos semelhantes, como tônicos, estimulantes para combater o cansaço, a fraqueza e o esgotamento mental, entre outros.

CONCLUSÃO

As plantas estimulantes desempenham um papel significativo na medicina popular tradicional, oferecendo uma variedade de benefícios, desde o aumento da resistência física até o combate ao estresse.

O conceito de adaptógenos amplia nossa compreensão sobre essas plantas, destacando sua capacidade de promover o equilíbrio e a adaptação do organismo a situações adversas.

No Brasil, a população amplamente utiliza espécies como café, erva-mate e guaraná, que também representam parte importante da cultura e do folclore.

Assim, o estudo das plantas estimulantes continua a despertar interesse, tanto pela sua importância histórica quanto pelos potenciais benefícios para a saúde e bem-estar.